E tal como nos anos transactos, a prova foi muito boa, com um acumulado considerável, acima dos 700 mts, com algumas subidas, sendo a mais longa a serra do Cercal (a partir do km 54 +/-), com umas descidas bastante “porreiras”, zonas rolantes. Como não choveu, não havia lama (nem na zona chamada Amazónia). No entanto e porque não choveu, houve PÓ … MUITO PÓ mesmo, e acompanhado de algum vento!!!
Tal como já vem sendo habitual, gostei do trajecto, da organização (simpatia, disponibilidade), dos abastecimentos (3 nos 70 kms), enfim, gostei de tudo (ou quase)
O levantamento do dorsal não foi tão rápido como habitualmente, mas penso que terá sido devido ao elevado nr de participantes (por volta dos 3700).
A partida foi a horas, apesar de lenta, mas outra coisa não é de esperar, quando falamos de mais de 3500 participantes.
Quanto à minha prestação, e apesar de ter sido bem melhor que nos anos anteriores, voltou a ser abaixo do esperado!!
A inscrição foi para os 120 kms, mas tal como é hábito, por volta do km 40 (antes de chegar à Barragem de Campilhas) comecei com ameaças cãibras no gémeo esquerdo.
Confesso que por mais treinos que faça, não consigo deixar de as ter ... treinos com acumulados, treinos com distancia, como bananas, tomo magnésio, nada está a resultar :(
Nos primeiros kms (ainda antes do primeiro abastecimento), e por motivos técnicos (na bike do Aleexandre) fizemos algumas paragens (primeiro travão traseiro, depois o desviador traseiro), sendo que na segunda paragem, foi mais demorada, pois quando Alex conseguiu arranjar a bike, um miudo passou por mim e nesse momento, partiu a corrente (já tinha partido o drop-out e o desviador).
Como já estive naquela posição, dei o meu elo de ligação ao miudo e tentámos consertar a corrente e colocar o andamento "em directas" ... pelo que soube mais tarde (no primeiro abastecimento), não funcionou, a corrnte voltou a partir (estava muito esticada) e miudo teve de desistir.
Não sei se estes "pára arranca" ajudaram às cãibras aparecerem mais cedo.
Parámos na Barragem, onde aproveitar para me abastecer (pela primeira vez, esqueci-me dos suplemntos em casa) e recuperar um pouco as pernas.
Como a seguir à barragem tem logo várias subidas para o Cercal, o que recuperei foi bom, mas não o suficiente. Confesso que esta, para mim, é a melhor parte do percurso com sobe e desce, sendo as subidas algo exigentes.
Fui aguentando, como depois foi sempre a descer até à Amazónia, o esforço foi menor e os musculos foram aguentando, até sair dessa zona e começar a subir, para sair do Cercal ... aí, tive de parar (5 mins) a meio, pois não conseguia dobrar nem estivar a perna esquerna devido às dolorosas.
Passado esses 5 mins, voltei a montar e lá consegui fazer o resto da subida ... pela primeira vez nas minhas participações, não subi a serr do Cercal a pé.Para finalizar, e como este era um raid, sem tempos, apenas dizer que demorei aproximadamente 04:40:55 a percorrer os 71 kms (mais 580 mts) e um acumulado de 765 mts.
Como é lógico, e se não houverem imprevistos, em 2023, lá estarei para o 23º Raid Alvalade – Porto Covo !!!